Produção Musical Bases Eletrônicas: Franco Jr. & Laura Finocchiaro Teclados & Programações: Franco Jr.
Guitarras: Ivo de Carvalho & Laura Finocchiaro
Baixo: Xulapa
Bateria Acústica: Alaor Neves
Bateria Eletrônica: Kuki S.
Arranjos, Voz & Vocal: Laura Finocchiaro
Ficha Técnica Geral:
Produzido: Roberto Marques, Laura Finocchiaro para ARP Remote Recording Co-produção: Carlos Freitas, Mr. Franco Jr. e Ivo de Carvalho
Direção Musical e Direção Geral: Laura Finocchiaro
Produção Executiva: Denise Petersen Jardim e Laura Finocchiaro Engenheiros de Gravação: Carlos Freitas e Otto Duttweler Masterização: Roberto Marques
*DANÇAR PRA NÃO DANÇAR produzida por Ivo de Carvalho e Laura Finocchiaro Mixagem: Hélio Ziskind, Ivo de Carvalho e Laura Finocchiaro
Técnico de gravação (Backing Vocal): Eduardo de Cayres
Técnico de gravação (Voz): Pedro Campi
Consultoria: Jorge Poulsen
Capa / Contracapa / Encarte (Original -1992):
Foto Capa e Manippulação da Imagem: Sérgio Roizenblit
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------release por Caio Fernando Abreu
O disco de Laura Finocchiaro é uma vitória. Uma só, não: Várias.
E para muita gente. Batalhado com obstinação, trabalho e paciência durante quase 10 anos por esta gaúcha que chegou aos 30 anos com cara de moleca roqueira, conseguiu vencer a crise, o recesso das gravadoras e de toda cultura brasileira pós-Collor.
Não significa, portanto, apenas uma vitória pessoal. Mais largo: ajuda a enriquecer e a esclarecer o quebra-cabeças ainda em formação do pop paulistano surgido nos anos 80 – com gente como Mercenárias, Nau, Luni, Os Mulheres Negras, Vange Leonel, o grupo performático Harpias e Ogros, o XPTO. Que, sózinhos ou em novos grupos, continuam vivos e criativos.
Etno-Beat ou World-music, rótulos são o que menos importa neste disco. O que conta mesmo é a sua ausência de preconceitos musicais e a abertura a todas as influências – das raízes africanas às melodias, do folclóre da Martinica às sonoridades árabes, até a ousadia do clássico Carinhoso (Pixinguinha e João de Barro) recriado com batida funk.
Entre saudáveis atrevimentos, composições próprias e o resgate da memorável parceria com Cazuza (Tudo é amor), Laura estende um trepidante fio sonoro capaz de unir o primitivo ao eletrônico, o cult ao popular, o sensual ao cerebral. Permeado, claro, pelo bom e velho rock’n roll que ela traz nas veias.
Merci bom Dieu!
E se você ainda duvida, ouça por exemplo Vida Dura, do folclóre da África do Sul.